
Decisões judiciais favoráveis pipocaram, gays ganharam espaço na mídia, nas telenovelas e nos filmes. Porque um grupo de corajosos fomentou a Parada lá atrás, hoje consigo andar abraçado, de mãos dadas e beijar meu namorado na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê. Claro que isso não é simples, há os olhares, as ameaças e os xingamentos a se enfrentar diariamente.

Por isso, não concordo com algumas críticas que a Parada de São Paulo vem sofrendo esses dias após a realização da sua 13ª edição, no último domingo. A cobertura jornalística ressaltando os furtos e empurra-empurra foi exagerada. As chamadas foram fortes e sensacionalistas, mas os próprios textos das reportagens desmentiam os títulos. Um empurra-empurra causado por cagada de um motorista de ambulância não chega a ser necessariamente responsabilidade da Associação que organiza a manifestação.
Gente bebendo, passando mal e vomitando tinha. Todo ano tem. Em qualquer evento público e grande, vide Virada Cultural, e até algumas pool parties acontecem. Mas era evidente que este ano a quantidade de passa mal estava menor. Reportagem da Folha (só para assinantes), de segunda-feira, trazia o registro de 412 atendimentos médicos. No ano passado, uma nota do G1 trazia o número de 500 atendimentos. Este ano, o G1 publicou que em duas horas 25 pessoas passaram mal e, neste mesmo texto, dizia que ano passado aconteceram mais de 1000 atendimentos. Oi?!
O que podemos aprender com isso? Que as próprias redações não olham para o arquivo de matérias que fizeram no passado para contextualizar e comparar fatos e dados. E que os números podem ser manipulados e distorcidos, dependendo de qual interesse se obedece e de quem é a fonte que divulga essas informações. O que temos então é a experiência empírica aí no meio, uma cobertura um tanto quanto rasa e até uma autopromoção por parte da Associação, em números astronômicos sabe-se lá o porquê.

E é muito engraçado os meios de comunicação, ligarem os ataques homofóbicos, e violencia gratuita à Parada. Esquecem eles dos bandidos que ateiam fogo nos onibus, nos bandidos que assaltam e matam a qualquer época. Já que aconteceram ataques aos participantes da parada, a reação da mídia teria que ser de apoio a parada, pois, não foram os praticipantes da parada que mataram ou atiraram bombas, nós somos as vítimas. Como sempre neste país louco, as vitímas são tidas como culpadas. O que é isso??? Acorda Brasil.
Outra coisa a se apontar a respeito das críticas, tanto pelas coberturas dos jornais quanto pelos alardes de alguns blogueiros, é um cuidado com uma possível onda anti-parada.
Parece que temos um iminente conflito de classes circundando o debate. Pois a "classe média gay" tem "odiado" a manifestação, e os mais pobres "adoram" e veem na Parada uma oportunidade de libertação. E, querendo ou não, apesar de muitas limitações este é um movimento social que está mais preocupado com a democratização do evento do que as iniciativas privadas ( e acho um absurdo as bichas falarem que não vão mais á parada porque dá muita gente feia... afinal é um evento democrático e não uma festinha privê!... acorda bixarada!!!).
Em minha opinião, o movimento gay não devia se concentrar em passeatas apenas, pois me parece, que é algo provocativo dando razões aos homofóbicos de plantão, que querem exatamente isso, fazer parecer que todos homossexuais são inescrupulosos, sodomitas, e coisas parecidas. É chegada a hora dos gays deixarem de lado vestidinhos carnavalescos, suas peninhas e fantasias e encararem suas vidas com mais responsabilidade,dignidade. Pastores como, GLADESTONE, FÁBIO e outros estão tentando dar dignidade e teto aos homossexuais mais pobres e marginalizados desse país, pois eu acho que essa é a saída! Desculpe-me a sinceridade, e tratem desse assunto com mais seriedade, pois eu gosto de vocês que na grande maioria são gentis, felizes e muito humanos e o assunto é muito triste e polêmico. Sou heterossexual, mas gostaria de conhecer homens gays aqui no Rio de Janeiro, para amizade sincera, acima de 28 anos de idade, morador do Rio, meu telefone é: 93525281. Espero?!...
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