sexta-feira, 26 de junho de 2009

As 7 mentiras pra levar alguém pra cama na hora da xepa

Para alguns solteiros, bate um desespero na noite de domingo. É como se fosse a última chance no final de semana de conhecer alguém ou de apenas descolar uma transa, em geral depois das tentativas frustradas nos dias anteriores. Em muitos casos, os critérios de seleção de um parceiro vão "se flexibilizando" (ou simplesmente desaparecendo) na contagem regressiva para a manhã da insuportável segunda-feira. No sábado, todos capricham no cabelo, no figurino, no perfume, e estão dispostos a pagar os preços exorbitantes dos clubes mais badalados. No final da domingueira, vale tudo para quebrar o jejum de beijo e sexo, como se jogar em boates mais baratas, na esperança (às vezes, falsa) de um público menos exigente, mais disponível para uma brincadeira erótica.

No último domingo, fui conferir o movimento, hora a hora, de uma das principais boates daqui de Campinas. Cheguei por volta das onze horas e fiquei até 4h. No começo da noite, todos ainda tentam manter a pose: os olhares ainda são tímidos, alguns se encostam no bar e pedem apenas uma água mineral, os mictórios ainda exalam um cheiro de eucalipto, os corpos se movimentam desajeitados ao som do bate-estaca. Depois de 1h, quando a pista começa a encher e os pedidos no bar se avolumam, já se capta uma mudança no cenário. Alguns mordem o lábio, coçam a orelha, giram pela pista como um pião enlouquecido em busca de um eixo. Formam-se os primeiros casais. Já há de tudo no tabuleiro: jovens, maduros, grisalhos, barbados, crossdressers...

Com a onda indiana da novela também deu para esbarrar em grupos de fashionistas no seu "momento caminho das indias". Como sei? Primeiro, as roupas falam, desde as calças tailandesas (saruel, de pregas nos fundilhos) aos famigerados lenços indianos, peça vista como "last season", mas cada vez mais popular nos camelôs. E fashionista que se preza tem de chamar atenção para ser fotografado e postar no Orkut, blog, Facebook ou Flickr, dependendo do seu nível de envolvimento com as redes sociais da internet: isso significa que, lá pelas 2h, a pista está pegando fogo, alguns dançam enlouquecidamente, outros não conseguem parar de rir sem motivo ou de "atacar" qualquer um que faça contato visual por mais acidental que seja. Uma simples pergunta sobre as horas já é interpretada como uma cantada.

Mas só observar não adianta. É preciso ouvir as conversas para ver como funciona a paquera gay no fim da balada de domingo. Na hora da xepa de uma festa, há realmente alguém que alimenta expectativas de conseguir um namoro sério? Às 3:30h, a pista já começava a esvaziar, os casais se esfregavam nas paredes, não há mais perfume nem carão no ar, acabou o papel higiênico no banheiro, uns se apressavam para pagar a conta, e quem ainda está sozinho (ou muito bêbado) já abordava até o barman e o segurança da casa. Tic-tac, tic-tac...Nas conversas, a abordagem já é mais direta com grandes riscos de ouvir e dizer mentiras capazes de levar alguém para a cama.

Confira alguns truques comuns que escutei no papo de fim de feira.

1- O que você faz da vida?
Na hora da xepa, todos viram empresários, intelectuais, artistas, pós-graduados ou trabalham em multinacionais. Com medo dos estigmas e deduções precipitadas, muitos inventam profissões para seduzir em tempo recorde. Nem sempre se fala um absurdo. Aquele rapaz se apresenta como "sommelier", mas trabalha como garçom e deve, realmente, saber indicar pelo menos um vinho de mesa. Outros preferem usar a pronúncia gringa de suas funções ou eufemismos na ânsia de supervalorizar suas credenciais, como se o seu ganha-pão fosse 100% garantia de prazer, status e segurança. Assim cabeleireiro vira "hair stylist", vendedor de loja trabalha com "marketing" e blogueiro se diz "jornalista" (ok, aqui até se perdoa, afinal, nem diploma universitário se exige mais no país rsrssr).

2- Você é ativo ou passivo?
No domingo, um quarentão barbudo começou a noite, ao lado do bar, bem sério, não mexia um músculo nem ao som do vocal mais estridente de diva. No meio da madrugada, o maduro com cara de professor da UNICAMP era outra pessoa: já se requebrava, se atracou com um fashionista de cabelos a la Jesus Luz e, no código universal de dizer ser ativo sem uma palavra, não parava de apertar a bunda do rapaz. Nem sempre isso funciona. Por vergonha, muitos sinalizam uma coisa e, na hora do pega pra capar, o "ativão da pista" quer, na verdade, ser penetrado. A lei da oferta e da procura explica o sucesso dessa mentira. No fórum de uma comunidade do Orkut de MSN gay, contei 7 passivos para cada 3 ativos declarados. Quem paga o motel? Não adianta consultar o código do consumidor. Regras injustas, mas possíveis: "versátil" (leia-se passivo), "gosto de coisas diferentes" (em geral, barebacking, fisting ou SM)...

3- Onde você mora?
O golpe mais manjado dos classificados de imóveis é aproximar endereços de moradia a parques, shopping ou outro lugar que valorize a vizinhança. Nas horas finais da festa, todo mundo se muda, num piscar de olhos, para bairros nobres: Sumaré e Hortolândia viram Barão Geraldo; DIC e Jardim Amanda ficam no centro; Santa Mônica e Parque Primavera no Allphavile; Vila Nogueira e São Fernando viram Cambuí. O estratagema funciona quando se busca apenas uma única transa. Quem mira namoro sério não costuma distorcer esse tipo de informação. Afinal, depois, só culpar a bebida e o barulho não é uma boa desculpa para se corrigir. Infelizmente, muitos ainda consideram o CEP na caça de parceiros. Às vezes, quem mente se entrega exagerando nas vantagens da redondeza ("Bem pertinho da Prefeitura", "Dá para ver a lagoa", "Naquele prédio perto da Norte sul"). rsrssr...

4- Qual é a sua idade?
Em lugares frequentado pelo público não tão jovem, há uma unanimidade: todos nasceram no mesmo ano e sempre dizem ter 28 ou 38, por mais que os cabelos, rugas e outras referências digam o contrário. É algo antigo entre os vaidosos, mas graças aos avanços da cosmética e das cirurgias plásticas hoje se viva a todo vapor a "era das coroas assanhadas". Susana Vieira e Ana Maria Braga que o digam. Trintões e quarentões gays também preferem falar a idade de sua alma, em vez da cronológica. Mas depois das 3h da manhã, os compulsivos sexuais já recalibram seus radares, como faz um feirante baixando os preços de frutas e legumes no entardecer. Quem no início da balada azarava um gatinho de 20 e poucos anos já se satisfaz com um cinquentão de boné. Já a crossdresser que passou a noite jogando charme para o boy malhadão descamisado já se contenta com o gordinho de pochete.

5- O que você gosta de ouvir?
Sofisticar o gosto musical é outro papo típico da conquista desesperada. Fãs de ritmos brasileiros, como samba, pagode e axé, já são, ligeiramente, catalogados dentro de um perfil socioeconômico, muitas vezes equivocado. Alguns evitam revelar suas reais preferências, com receio de perder a paquera. Passam a citar artistas estrangeiros para reforçar uma imagem de eclético, cosmopolita ou "indie". Quanto mais restrito o nome, mais antenado soa. Há transas decididas após um saber o DJ preferido do outro. Nessa corrida louca para etiquetar as "vítimas", quem diz amar música clássica já ganha o selo de pretensioso ou esnobe. Para muitos, uma rápida olhada nas marcas das roupas, dos acessórios, calçado e traços como corte de cabelo e tatuagens já é suficiente para avaliar suas chances. Se usa óculos coloridos só pode gostar de new wave ou ler o Lúcio Ribeiro.

6- Como você vai para casa?
Nem adianta dizer que é dia de rodízio para justificar que está sem carro, pois realmente essa mentira deslavada não cola na madrugada. Mas os "sem-carro" sofrem um preconceito absurdo numa cidade onde o tipo de carango praticamente define sua classe social. Conheço travestis que voltam da Itália, e a primeira decisão de consumo no Brasil é comprar um veículo importado, instalar o som mais "cheguei" do mercado, dá-lhe "Destination Calabria" na madrugada. Michês e prostitutas não escondem de ninguém que, dependendo da marca do carro, a tabela de preços muda. No centrão, muitos deixam a boate no amanhecer, após o metrô abrir. Só os mais pragmáticos e maliciosos conseguem conciliar transa e carona, não necessariamente nessa ordem. Na hora do encantamento efêmero de fim de balada, o amor até pode ser cego, mas não gosta de andar de ônibus ou a pé nem gastar com táxi.

7- Quem são seus amigos?
Quem caça com amigos a tiracolo no clube tem de ficar esperto. Quanto mais gente conhecida por perto, mais fácil para ser pego no contrapé expondo seu perfil verdadeiro, se essa for sua preocupação. Prepare-se para ser julgado sumariamente com base nas suas companhias. Uma fila de banheiro já é suficiente para radiografar e desmascarar uma situação estranha. Ouvindo conversas alheias, dá para perceber que muitos dividem seus alvos em termos de açougue ("filé mignon", "carne de segunda", "bucho"). Naquele instante de agito e desejo desenfreado, tudo lembra um pôquer, um baile de máscaras. Pode até parecer bizarro, mas há gente em boates que engata uma paquera para depois tentar vender um plano de saúde, drogas ou convidar para dividir uma kitinete, distribuindo cartões e números de telefones. Não consigo identificar a hora exata em que inocência e ingenuidade se transformam em cinismo e desfaçatez. Desligue o desconfiômetro e tente aproveitar o final da festa. Se possível, não sinta raiva nem culpa por cair numa esparrela da noite. Há sempre um próximo domingão na sua agenda para encontrar ou encarnar novos personagens de mentirinha. Arrazemm!!!



"Antigamente, era mais difícil interpretar um personagem gay", diz Antonio Banderas

Em entrevista ao jornal "New York Post", o ator espanhol Antonio Banderas falou sobre a dificuldade de interpretar cenas de sexo no cinema e expôs uma interessante perspectiva do que ele aprendeu ao viver um personagem gay em "A Lei do Desejo", de Pedro Almodóvar.

"As cenas que fiz com Almodóvar nos anos 80 foram muito difíceis de interpretar", contou o ator. "Naquele momento, não era comum que atores interpretassem personagens gays. Muitos deles pensavam que se fizessem isso ficariam marcados para sempre. Me dei conta que nesta profissão havia limites, quando não deveria existir", acrescentou.

Sobre "A Lei do Desejo", onde faz um jovem obcecado pelo diretor de cinema interpretado por Eusébio Poncela, Banderas comentou: "Lembro que no filme, onde fiz um homossexual, o público estava mais preocupado com o fato de eu ter beijado outro homem na boca do que por ter matado uma pessoa. É interessante ver como as pessoas podem te perdoar por ter matado um homem, mas não te perdoam por ter beijado outro. Me deu uma visão interessante da moralidade de nosso tempo, e você percebe do que são feitos uma incrível quantidade de juízos hipócritas sobre essas coisas."

Em breve, Antonio Banderas volta às telonas com "The Code", que também tem no elenco o ator Morgan Freeman.

Fim do mito: Morre Michael Jackson

Faleceu na tarde desta quinta-feira (25/06) o cantor norte-americano Michael Jackson. Segundo fontes ligadas ao artista, Jackson sofreu uma parada cardíaca em sua mansão em Los Angeles e foi encontrado sem respiração por paramédicos que atenderam a uma ligação de emergência.

No início desta noite, a imprensa norte-americana divergiu sobre a morte do cantor. O primeiro a informar sobre o fato foi o site TMZ.com. Ao mesmo tempo, o jornal Los Angeles Times e a rede de televisão CNN preferiram estampar nas páginas principais de seus sites que Jackson teria sido levado a um hospital em Los Angeles e que sua morte não teria sido confirmada.

Minutos depois, os médicos do Ronald Reagan UCLA Medical Center confirmaram a morte de Michael Jackson. Ele teria entrado em coma após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O cantor tinha 50 anos.

Atualmente, Michael Jackson morava em uma mansão em Sunset Boulevard com sete quartos, 13 banheiros, 12 lareiras e um teatro, que alugava por US$ 100 mil ao mês.
O cantor se preparava para uma turnê de 50 shows em Londres. Segundo a revista Billboard, os ingressos esgotaram em apenas cinco horas. Ao todo, a turnê poderia render US$ 50 milhões.

Apesar de toda a polêmica que sempre girou em torno deste astro tenho certeza que ele deixará saudades e fará muita falta no cenário musical que está cada vez mais decadente!!! Descanse em paz Michael...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Faustão: sem piadas homofóbicas por favor!

Reunindo algumas expressões que foram ditas pelo apresentador Fausto Silva em seu programa, como: "gazela", "boiola", "libélula", entre outros, eu resolvi fazer um alerta sobre as consequências que sofrem os LGBTs em decorrência da homofobia que vem da mídia.

"Fausto Silva, você sabia que a maioria dos pais não gostaria que seus filhos fossem gays, lésbicas, travestis ou transexuais porque temem que seus filhos e filhas sofram violência, discriminação e por serem motivo de piadas de mau gosto e assédio moral?"

Vejam a forma como o apresentador aborda a homossexualidade no Domingão do Faustão,

alguns exemplos:

10/05/2009 – ele referiu-se a um "suposto" homossexual pelo termo GAZELA
17/05/2009 – referiu-se a um "suposto" homossexual pelo termo BOIOLA
17/06/2009 - disse que um “suposto" homossexual MORDE A FRONHA
17/06/2009 - No programa leva ao ar o comentário do participante Leandro Hassun : ISTO É UMA BICHONA!
2009 - referiu-se ao suposto homossexual pelo termo LIBÉLULA
2009 – ao ver dois homens se cumprimentando, disse: ISTO É COISA DE BOIOLA!

Estes são alguns poucos exemplos durante os quais a platéia ri de uma situação que é muito triste no Brasil e no mundo: a Homofobia.

Fausto Silva, você sabia que em sete países há pena de morte para os homossexuais e 80 países criminalizam os atos homossexuais? Que no Irã gays são enforcados em praça pública?

Que na pesquisa da UNESCO publicada em 2004 consta que 40% dos adolescentes não gostariam de estudar com um gay, uma lésbica ou uma pessoa trans? Que se utilizam dos mesmos adjetivos listados acima para nos designar? Inclusive eu mesmo já fui taxado assim na escola nos velhos tempos. No programa Profissão Repórter do competente Caco Barcelos (exibido no dia 19/05/2009) a reportagem apresentou a triste história de Iago um adolescente de 14 anos que se suicidou porque era discriminado na escola. Infelizmente isso é muito comum.

Faustão, você sabia que na última Parada LGBT (conhecida como parada Gay) de São Paulo 22 pessoas foram feridas com uma bomba que uma pessoa jogou de um prédio, e que numa Rua próxima a Praça da República -no final da parada - um gay de 35 anos apanhou tanto que sofreu traumatismo craniano e morreu?

Aqui em Campinas, cidade em que vivo, no ultimo mês 6 travestis e um gay foram barbaramente assassinados. E aqui e outras cidades somos perseguidos por grupos de extermínio como skinheads. Nos últimos 20 anos 2992 pessoas LGBT foram barbaramente assassinadas pelo simples fato de serem LGBT, segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia.

O Código de ética dos jornalistas, (artigo n° 10, item d), a Resolução nº 489 do Conselho Federal de Serviço Social e Resolução nº 001/99 do Conselho Federal de Psicologia, todos determinam que os respectivos profissionais dessas áreas devam respeitar a orientação sexual e a identidade de gênero de todas as pessoas.Lutamos para que sejamos respeitados como cidadãos com direitos e sem medo de viver.

Atualmente são realizadas no Brasil 150 Paradas LGBT, esses eventos têm como objetivo pedir respeito e consideração a nossa condição de cidadãos e cidadãs. Inclusive, o próximo domingo - 28 de Junho - é o Dia Internacional do Orgulho LGBT, e será comemorado em várias cidades no Brasil e no mundo inteiro.

O atual governo federal elaborou o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, com 180 ações contra a homofobia e a favor do respeito à diversidade humana, fruto de conferências LGBT nas 27 unidades da federação e da 1ª Conferência Nacional LGBT, cuja abertura foi prestigiada pelo presidente da república.

No Congresso Nacional existe uma Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT com 250 parlamentares (deputados(as) e senadores(as)) participantes que querem a criminalização da homofobia.

Neste sentido, Faustão, gente boa, gostaria muito que ao se referir a LGBT ou pessoas supostamente LGBT, você se dirigisse com mais respeito, na boa mesmo. Sem ressentimentos. Piadas e chacotas podem levar adolescentes a cometer suicídio, podem levar pais e mães a expulsarem seus filhos de casas, podem reforçar atitudes violentas contra LGBT.

Faustão é triste e é dolorido ser discriminado. Sei que você nunca quis fomentar a violência, por isso Faustão nos ajude a diminuir a discriminação no Brasil. Não encare isto como censura ou policiamento do politicamente correto. Afinal, nossa constituição é clara nos seus artigos 3º e 5º quando diz todos são iguais e não haverá discriminação de qualquer natureza.
Vamos construir um Brasil em que caibam todas as cores.

Vamos viver em harmonia como as cores do Arco-íris.

Se a cultura é adquirida, conforme definiu Lévi-Strauss, também pode ser mudada. Nos ajude a mudar essa cultura homofóbica.

Para citar também Nelson Mandela:

Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele,
ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender,
e se elas aprendem a odiar,
podem ser ensinadas a amar,
pois o amor chega mais naturalmente
ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,
jamais extinta.

Por meio deste post peço que de uma forma cidadã e divertida nos ajude a combater a violência, a discriminação, preconceito e principalmente as mortes contra a comunidade LGBT.

Conto com você e ajude-nos a divulgar a campanha www.naohomofobia.com.br que pede pela aprovação da Lei que criminaliza a Homofobia.

Obrigado
Galeni

Whoopi Goldberg nega que seja lésbica em entrevista à revista inglesa

A atriz Whoopi Goldberg esclareceu de uma vez por todos os boatos acerca de sua sexualidade em entrevista à "Diva", revista inglesa dirigida ao público lésbico.
A dúvida sobre se Goldberg seria ou não homossexual surgiu quando ela disse que a "porta [do armário] está aberta há anos". O fato ocorreu durante o programa The View, do qual Whoopi Goldberg é uma das apresentadoras.
Fiel defensora dos direitos gays nos EUA, Goldberg aproveitou a oportunidade para protestar contra a Proposition 8, que em novembro do ano passado voltou a proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia. "Isso foi uma piada, você sabe que podemos tirar sarro a qualquer momento. As pessoas sempre me questionaram, e mesmo quando digo 'Não, eu sou hétero, sempre fui hétero, adoro homens', elas ainda perguntam, 'Não, sério, você é gay'", reclamou a atriz em tom de brincadeira.
Ainda sobre essa dúvida que alimenta os fofoqueiros de plantão, Goldberg foi enfática na entrevista: "Eu não sou gay", disse. "Mas eu acho que todo mundo é. Bastante", brincou.
Sobre sua posição a favor do casamento gay, a atriz comentou: "Eu não acho que as pessoas saibam o quão importante é essa questão [a lei que derrubou o casamento homossexual] porque a maioria dos héteros nunca teve que pensar na lista de benefícios que obtém quando se casa." E acrescentou: "Meu slogan é: 'Se você não gosta do casamento gay, então não se case com um gay'". (Arraazouu mulher!!... Me fez lembrar das farpas que nossa queridissima Preta Gil solta por aqui na mídia!!! Muito bomm!! heheheheh...)

Fora das telonas, Whoopi Goldberg produziu o musical "Mudança de Hábito", que acaba de estrear em Londres.

"DÚVIDA DE QUINTA": Será que ele é?

O nome completo do gostosão do "dúvida de quinta" desta semana é Rodrigo Maranguape Lombardi, um rapaz novo, mas que já está bastante tempo na televisão. Desde 1998. Rodrigo nasceu em São Paulo capital, no dia 15 de outubro de 1979, ele é casado há três anos com Betty Baugartem e tem um filho, Rafael de um ano (porém sabemos que casamento e filhos neste quisito não querem dizer muita coisa né... heheheh).

Atualmente está fazendo muito sucesso na novela "Caminho das Índias" como o indiano Raj, que se passa às nove horas da noite na Rede Globo.

Rodrigo Lombardi, ou se preferir Raj realmente está sendo um sucesso nacional! O ator tem conquistado muitas fãs enlouquecidas, e adquirido um reconhecimento inacreditável. Ele sempre foi lindo e talentoso, mas devemos admitir que foi o Raj que nos provou todo o seu poder.


Rodrigo Lombardi já fez seis novelas anteriores, fora seus diversos trabalhos como ator. Para relembrar foram: "Desejo Proibido" em 2007 como Ciro Feijó, "Pé na Jaca" como Tadeu Lancelloti em 2006, Constantino Zoltar em "Bang Bang" no ano de 2005. Antes em 2004 Rodrigo fez também "Metamorphoses" como Fábio Fraga, "Marisol" sendo Francisco Soares (Chico) em 2002, e por primeiro em 1998 "Meu Pé de Laranja Lima" como o inesquecivel Henrique. Fez também três series, em 2008 fez "Guerra e Paz" e "Casos e Acasos", e em 2007 "Circo do Faustão" ou melhor, um reality show do Domingão do Faustão. Ou seja, uma carreira bonita e que sem dúvidas vai deslanchar depois de Raj Ananda.

Algumas pesquisas como as do jornal O Globo, revelaram que o ator Rodrigo Lombardi é o preferido da novela entre o público gay. A G Magazine, revista voltada para os gays, fez uma pesquisa sobre quem de "Caminho das Índias" o leitor preferiria ver posando nu e Rodrigo Lombardi, claro, ganhou.

Que todas as bibas querem ele isso agente já sabe... agora me resta a dúvida (de quinta é claro! rsrsr):
Será que Rodrigo Lombardi é?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

FRITANDO NA MÍDIA.

Toda quarta-feira teremos a coluna "fritando na mídia", trata-se de mais uma brincadeira bem humorada com os artistas e celebridades que causaram durante a semana. E pra abrir a porteira dos que fritam sem vergonha de ser feliz só podiamos ter ela... Preta Gil!! heheheh...

Que além de tascar um beijão na cantora e amiga super feminina (se jura!) Ana Carolina em um show no Recife ainda mandou na lata dos repórteres:

"Ah, não vou cuspir no prato que me comeu".
Ui! Então ta, né! rsrsrs


Outro que fritou esta semana foi o modelo e aspirante á encosto de popstar Jesus luz.. olhem que delicado... Da coluna Zapping, desta semana, na Folha Online: "Você é o Jesus Luz", perguntou um rapaz, no banheiro do clube Royal, em SP. "Sou um travesti paraguaio", respondeu o modelo. ( E olha que com aquele lápis de olho forçado que ele usa agente acredita nisso mesmo heim!! hehehe)

Parada Gay de Madri reivindica abordagem homossexual nas escolas

Bem diferente dos temas que temos por aqui, a Parada do Orgulho Gay de Madri, que comemora 40 anos essa semana, terá um tema fora do comum.

O lema da manifestação será "Escolas sem armários" (tudo a ver com o post enterior aqui do blog), para que aulas sobre homossexualidade nos colégios sejam aplicadadas para que se acabe com a discriminação nas instituições de ensino.

De acordo com pesquisas sociológicas (como uma que mostrei anterioriormente feita aqui mesmo na nossa terrinha) que apontam casos de marginalidade e perseguição a estudantes homossexuais, a Federação Estatal de Lésbicas, Gays, transexuais e Bissexuais (FELGBT) exigiu mudanças no sistema educativo para incluir nas escolas uma disciplina ou temáticas que abordem a homossexualidade.

"O sistema educativo não pode deixar de lado tantos jovens que estão crescendo se sentindo perseguidos, marginalizados, culpados ou estranhos. É uma questão de resolver cedo os problemas de discriminação através da educação", disse à BBC o presidente da FELGBT, Antonio Poveda.

Divulgado em março de 2009, um relatório sobre homofobia e discriminação na União Europeia mostrou exemplos de rejeição nos colégios onde alunos são ridicularizados, marginalizados e perseguidos por conta de sua orientçaão sexual. Feita em 18 países da UE, existe "uma situação de isolamento dos estudantes gays" e os professores "raramente são treinados, preparados ou inclinados a discutir sobre o tema da sexualidade".

Entre estudantes espanhóis, 85% dos entrevistados de ensino médio não souberam citar nenhum nome de personalidade histórica conhecida também por ser gay. O poeta espanhol Federico García Lorca, assassinado durante a guerra civil espanhola, acusado de subversivo e homossexual, foi reconhecido como gay por apenas 7% dos alunos que respoderam a pesquisa.

Durante a Parada deste ano, o poeta será homenageado porque "sua condição de homossexual marcou sua vida, obra e morte", disse Antonio Poveda.

Os eventos que celebram o Orgulho Gay em Madri começam no dia 25 deste mês e seguem até o dia 5 de julho, com a Parada Gay marcada para o dia 4.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Em escolas, 80% gostariam de manter distanciamento de homossexuais

Parece combinado, mas justamente nesta semana, onde o tema da enquete aqui no meu blog era: "você já sofreu algum tipo de preconceito?", o jornal Estado de São Paulo publicou ontem (22/06/09) uma pesquisa inédita ligada a este tema, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, órgãos do Ministério da Educação (MEC), onde mostra que a escola é recheada de preconceitos, entre estudantes, pais, professores, diretores e funcionários.

O estudo, realizado em 501 escolas com 18.599 estudantes, conclui que 99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito e que mais de 80% gostariam de manter algum nível de distanciamento social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. Do total, 96,5% têm preconceito em relação a pessoas com deficiência e 94,2% na questão racial.

Sobre o bullying, a pesquisa apontou também que 10% dos alunos relataram ter conhecimento de situações em que alunos, professores ou funcionários foram humilhados, agredidos ou acusados injustamente apenas por fazer parte de algum grupo social discriminado. O fator homossexualidade aparece em terceiro lugar, com 17,4%, a maior parte é motivada pelo fato de o aluno ser negro (19%). Em segundo lugar aparecem os pobres, com 18,2%.

No caso dos professores, o bullying é mais associado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior fator para ser vítima de algum tipo de violência - verbal ou física - é a pobreza (7,9%).

De acordo com o estudo, os alunos que sofrem agressões mais intensas têm desempenho menor na Prova Brasil. "É lamentável e preocupante verificar que isso ocorre, mas os dados servem como alerta para que a escola possa refletir e agir para modificar esse cenário". As pessoas não são preconceituosas por natureza. O preconceito é construído nas relações sociais. Isso pode ser modificado se agirmos desde a fase de formaçao de cada cidadão."

Pra mim esta pesquisa mostra que o preconceito não é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que quase caracterizam a nossa cultura.
O mais importante ao meu ver, é que os resultados deste estudo vão embasar projetos que possam combater preconceitos que a escola não consegue desconstruir.

A identificação do público gay com a moda

- O que você faz?
- Faço moda.
- Nossa. Tem homem na sua sala?
- Tem.
- Não, mas "homem mesmo", sabe?
- Então, tem.
- Ah, duvido.

Esse tipo de diálogo é muito comum para qualquer estudante de moda. Aliás, depois de um ou dois anos, é maçante ter que passar por ele, então, aproveito o espaço para começar também a campanha "Poupe-nos". É fato que uma sala de um curso de moda é composta em sua maioria por meninas, lésbicas ou não, uma parte menor de meninos gays e algumas ocorrências de meninos héteros, que podem estar lá porque a família tem negócios de moda, porque já fazem algo relacionado à moda, ou porque querem, ué. Eu sempre senti nessas insinuações uma carga pejorativa, afinal, porque alguém iria querer entrar em um mercado dominado por mulheres e homossexuais? Ser homossexual exclui alguém do gênero masculino? Ou eu tenho mania de perseguição? Céus!

O fato é que não precisa ser do meio para saber que profissionais de diferentes formações e estilos de vida trabalham para a moda, direta ou indiretamente - designers, administradores, técnicos, fotógrafos, jornalistas etc, etc, etc. Mas no imaginário coletivo, a moda ainda é um ambiente feminino, feito por e para mulheres, dominado por frivolidades e necessidades supérfluas. Pode parecer antiquado, mas ainda é atual pensar que o interesse por moda é exclusivamente feminino. Então como um mercado que atinge todas as pessoas (aqui vale o clichê "ninguém anda pelado") pode manter essa restrição?

Por razões históricas (e a história é longa, a gente conta aos poucos), a mulher sempre foi responsável pelo campo da aparência dentro da família - já que era o homem quem cuidava dos assuntos externos e "não tinha tempo para bobagens". O status era comunicado por meio das roupas, arranjadas e às vezes até feitas pela esposa, enquanto o homem o fazia por meio de sinais mais discretos e aquisições como carros, relógios e acessórios com a tecnologia da época - a moda tem suas raízes no conflito social e na afirmação ou busca por posição, então o consumo e a exibição do consumo são indissociáveis. Com as mulheres sendo inseridas no mercado de trabalho após períodos de crise, era natural que começassem sendo alocadas em atividades facilmente relacionadas com os afazeres domésticos, e a costura é um deles. A mídia também foi decisiva nessa construção do imaginário da moda - as propagandas e as primeiras revistas voltadas para o vestir se dirigiam a um público feminino (e a maioria ainda é herdeira dessas).

A identificação dos gays com esse ambiente profissional pode ter muitas explicações, mas uma coisa é inegável: existe uma segurança em se assumir no meio da moda. Os ambientes mais masculinizados desse Brasil, varonil, não homossexual (lembram dessa?) tornam quase impossível unir vida profissional e pessoal, salvo exceções daquelas, como o Clodovil na política, que, aliás, é um campo tacanho, bom exemplo de como a figura do "macho" passa por cobranças tamanhas no que tange o comportamento e a aparência, em que qualquer sinal de afetação o coloca sob suspeita (medo!). Não seria um tipo de predisposição para a moda, mas de condições favoráveis para a atuação dos homossexuais, que foram sendo retratados por diversos personagens da cultura pop, para o bem ou para o mal, mas todos devem ter seus preferidos.

O gay é mais livre para experimentar com a aparência e isso desenvolve um gosto que não precisa reprimir. Além disso, a cultura gay se relaciona fundamentalmente com a cultura de moda em muitos momentos: as travestis e as drag queens buscam divas como inspiração e fazem espetáculo com sua imagem, estratégia similar à da moda. Nesse caso, a moda seria um meio de realizar as vontades estéticas, de usar profissionalmente aquilo que imaginou para si em algum momento. O João Braga tem um texto essencial para a continuidade dessa discussão, "A Similaridade da Excêntrica Passarela dos Estilistas com a Passarela dos Excêntricos Gays".

Atualmente, homens e mulheres de diferentes orientações sexuais dividem mais os espaços - e os assuntos, os gostos, as obrigações. É provável que os meios fiquem mais mistos, com sorte, respeitosos à diversidade. As identidades são menos engessadas, e as opções de identificação vêm se multiplicando, assim como as publicações masculinas apresentam timidamente editoriais de moda e temos publicações para o público gay, que tratam do assunto sem amarras. Eu sou a favor dos meninos héteros desenhando coleções ou trabalhando na bolsa, das meninas presidentes ou bailarinas e do gay comentarista de futebol ou editor de moda, e daí por diante.

Isso é o que eu chamo de conviver com a diversidade (um post autoexplicativo) rsrsrsrs


"Não faz sentido não existir beijo gay na teledramaturgia brasileira", diz Bruno Gagliasso

Ele é lindo, tem arrasado na novela no papel do esquizofrênico Tarso e está na capa da revista RG Vogue deste mês. Um perfil de Bruno Gagliasso, de 27 anos, ocupa dez páginas da publicação com direito a (poucas) fotos dele sem camisa tiradas por Michael Roberts, editor de moda da Vanity Fair.

O texto do jornalista Bruno Astuto ganhou o título de "O pequeno príncipe". Também, com 1,70m e aparecendo como bom menino nas fotos, não podia ser muito diferente. O ator revela um interesse por papéis que tenham certa dificuldade, como o personagem Junior, vivido por ele na novela América, de Gloria Perez.

"Essa coisa de galã seria muito chata. Preciso de papéis desafiadores, que me façam estudar, pesquisar. Adoro um laboratório. É muito fácil ser bonito e acabar por aí. Quero mais para a minha vida, para a minha carreira", disse.

O ator lamentou também o não-beijo gay que marcou o final da novela por causa de uma decisão da cúpula da Globo. "O tiro saiu pela culatra. O veto ao beijo ficou maior do que o beijo em si e as pessoas passaram a falar dez vezes mais do assunto. Gravei a cena, tanto eu como a Gloria ficamos chateados de ela não ter ido ao ar. Trabalho com vida, com pessoas e realidade. Hoje em dia o beijo gay é tão normal, que não faz sentido não existir na teledramaturgia brasileira", sintetizou.
Questionado por Astuto se já aconteceu um beijo gay em sua vida, o ator negou. "Não, porque gosto muito de mulher. "Mas", continuou, "se me apaixonasse por um homem, qual seria o problema?", indagou. (Muito bem Brunão!!.. eu sou muito fã deste cara e ele realmente arraza!!!)

Brasileiro de Big Brother inglês dá selinho em outro homem

Bem mais animado que os reality shows que estão no ar por aqui, no Brasil, o Big Brother inglês está dando o que falar.
O motivo é o participante brasileiro gay, Rodrigo Lopes, de 23 anos, que já deu um selinho no brother Charlie Drummund, ex-Mr. Gay da Inglaterra, durante uma brincadeira na piscina.

Rodrigo estava com sua bebida na mão e ofereceu um gole a quem lhe desse um beijo. Charlie, que estava na piscina, se aproximou até beirada e prontamente deu um selinho em Rodrigo.


Além de ter um participante gay, há mais motivos para assistir ao Big Brother UK: os brother são lindíssimos, a começar pelo próprio Charlie.

Teatro Oficina estreia peça que foi destaque no Queer Festival da Croácia

Estreia na próxima quarta-feira, dia 24, no teatro Oficina, a mais nova peça de Zé Celso, o Banquete. Com texto baseado em um dos mais de trinta diálogos filosóficos escritos por Platão, a adaptação do texto pelo ator e dramaturgo começou depois do convite do Queer Festival, em março, na Croácia. Seis integrantes do grupo realizaram com sérvios e croatas "Gozba", o Banquete em ensaio aberto.

"A mensagem toda do espetáculo foi formada durante os ensaios, com os atores, seguindo suas emoções e reações. Nos olhos deles e nas palavras explicitadas eu pude reconhecer o medo, relacionado à homofobia, na sociedade croata, que hoje ocupa o lugar que era do nazismo e do stalinismo", disse Zé Celso.A pista do Oficina vai transformar-se em chão de camas para o encontro dos banqueteiros que, reunidos na casa do poeta Agatão, recém chegado da vitória com Bacantes nas Dionísiacas, mas ainda na ressaca do banquete anterior, decidem por outro jogo: dar a Eros, cada um, um canto - e assim beber menos.

Nas palavras de Zé Celso, o Banquete "é sobre o amor de qualquer tipo". "Porque para mim não há o amor hetero ou o amor homo, é apenas amor. No entanto, não pode existir liberdade em nenhum sentido, principalmente amoroso, se qualquer forma de amor for cerceado, demonizado, não existe razão de ser", disse o diretor, que também atua na peça.

O Banquete terá apenas três apresentações, dia 24, 25 e 26 de junho.

Serviço:
"O Banquete"
Estréia: Quarta-feira 24 de Junho às 21h.
Reapresentação: Sábado 21h e Domingo 20h.
Preço: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada);
Endereço: Rua Jaceguay, 520 - Bixiga
Censura: 16 anos
Estacionamento no local: R$ 10,00
Chapelaria: Sim
Lotação 300 pessoas
Mais informações e compra antecipadas de ingressos: www.teatroficina.com.br/

segunda-feira, 22 de junho de 2009

"Desabafo do Galeni": parada gay

É inegável a importância que a Parada Gay teve. Falo teve, no passado, porque hoje, quando a manifestação atingiu seu ápice, fica difícil mensurar o seu poder de transformação. Quando surgiu, em 97, os tempos eram absolutamente outros. Doze, treze anos depois, por mais que em nível federal nos faltem muitas leis, avançamos em muitos sentidos.

Decisões judiciais favoráveis pipocaram, gays ganharam espaço na mídia, nas telenovelas e nos filmes. Porque um grupo de corajosos fomentou a Parada lá atrás, hoje consigo andar abraçado, de mãos dadas e beijar meu namorado na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê. Claro que isso não é simples, há os olhares, as ameaças e os xingamentos a se enfrentar diariamente.

Temos aí um distanciamento histórico para analisar a importância da Parada. Hoje, não é possível mensurar quais serão os efeitos da manifestação daqui a 10 anos. Esse poder transformador da Parada, que ajudou a criar um cenário mais tranquilo de respeito e tolerância está diluído nos 3 milhões de pessoas que frequentam o evento. Dá para identificar os desdobramentos mais claros de sua importância, como um "engrossamento" do movimento social, algum reconhecimento jurídico, legislativo e sócio-cultural e o fato de o Brasil ser o país com maior número de Paradas, com cerca de 120 manifestações do tipo.

Por isso, não concordo com algumas críticas que a Parada de São Paulo vem sofrendo esses dias após a realização da sua 13ª edição, no último domingo. A cobertura jornalística ressaltando os furtos e empurra-empurra foi exagerada. As chamadas foram fortes e sensacionalistas, mas os próprios textos das reportagens desmentiam os títulos. Um empurra-empurra causado por cagada de um motorista de ambulância não chega a ser necessariamente responsabilidade da Associação que organiza a manifestação.

Gente bebendo, passando mal e vomitando tinha. Todo ano tem. Em qualquer evento público e grande, vide Virada Cultural, e até algumas pool parties acontecem. Mas era evidente que este ano a quantidade de passa mal estava menor. Reportagem da Folha (só para assinantes), de segunda-feira, trazia o registro de 412 atendimentos médicos. No ano passado, uma nota do G1 trazia o número de 500 atendimentos. Este ano, o G1 publicou que em duas horas 25 pessoas passaram mal e, neste mesmo texto, dizia que ano passado aconteceram mais de 1000 atendimentos. Oi?!
O que podemos aprender com isso? Que as próprias redações não olham para o arquivo de matérias que fizeram no passado para contextualizar e comparar fatos e dados. E que os números podem ser manipulados e distorcidos, dependendo de qual interesse se obedece e de quem é a fonte que divulga essas informações. O que temos então é a experiência empírica aí no meio, uma cobertura um tanto quanto rasa e até uma autopromoção por parte da Associação, em números astronômicos sabe-se lá o porquê.

Sobre os casos de agressão, incluindo aí a bomba e o espancamento que levou à morte de Marcelo Campos Barros, é outra coisa que não tem como negar. São episódios lamentáveis, tristes e revoltantes. Mas, desculpem-me se isso soar frio, morre bicha todo dia nesse país. A gente cansa de noticiar casos de violências e ataques de skinheads - e estes acontecem infelizmente com mais frequência do que imaginamos. É natural que fiquemos mais indignados com o caso do homem que morreu. A notícia está muito quente e, afinal, poderia ter sido qualquer um. Mas temos que tomar cuidados para não nos deixarmos levar pelo calor da situação. Ou nos esquecemos que em Carapicuíba morreram 14 homens e que apenas cinco pessoas, da organização do ato, foram no protesto pelas vítimas?

E é muito engraçado os meios de comunicação, ligarem os ataques homofóbicos, e violencia gratuita à Parada. Esquecem eles dos bandidos que ateiam fogo nos onibus, nos bandidos que assaltam e matam a qualquer época. Já que aconteceram ataques aos participantes da parada, a reação da mídia teria que ser de apoio a parada, pois, não foram os praticipantes da parada que mataram ou atiraram bombas, nós somos as vítimas. Como sempre neste país louco, as vitímas são tidas como culpadas. O que é isso??? Acorda Brasil.

Outra coisa a se apontar a respeito das críticas, tanto pelas coberturas dos jornais quanto pelos alardes de alguns blogueiros, é um cuidado com uma possível onda anti-parada.

Parece que temos um iminente conflito de classes circundando o debate. Pois a "classe média gay" tem "odiado" a manifestação, e os mais pobres "adoram" e veem na Parada uma oportunidade de libertação. E, querendo ou não, apesar de muitas limitações este é um movimento social que está mais preocupado com a democratização do evento do que as iniciativas privadas ( e acho um absurdo as bichas falarem que não vão mais á parada porque dá muita gente feia... afinal é um evento democrático e não uma festinha privê!... acorda bixarada!!!).

Alunas travestis e transexuais poderão usar nome social em escolas estaduais do RJ

Apresentado pelo superintendente de direitos individuais, coletivos e difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, o projeto para que alunas travestis e transexuais da rede estadual de educação do Rio de Janeiro possam usar o nome social foi aprovado por Tereza Porto, secretária de Educação.

De acordo com Tereza, a partir do segundo semestre deste ano alunas transexuais e travestis poderão usar seu nome social e usá-lo em documentos escolares. "Existe, por parte dos nossos alunos, uma preocupação em discutir o tema da homofobia e a questão de gênero. Nós gostamos da proposta de Claudio Nascimento, aprovamos, e estamos consultando qual é o instrumento legal para pôr o projeto em prática. Acredito que no segundo semestre deste ano já estará disponível para os alunos (sic)", explicou a secretária ao jornal Extra.

Além do nome, as alunas poderão usar roupas e acessórios. Para Cláudio Nascimento, "a escola, que deveria ser um espaço de inclusão, acaba sendo um lugar de exclusão. Boa parte das travestis abandonam a escola por volta dos 13 anos em razão da discriminação ( o que é lamentável mesmo, pois ae muitas acabam caindo na prostituição e nas drogas. As pessoas devem saber que elas tem o mesmo direto que qualquer um para se tornarem uma médica, uma advogada, etc...). Não podemos permitir que se transforme o pré-julgamento em discriminação. Aí é que mora o perigo. Isso pode comprometer a qualidade de vida dessas pessoas", afirmou.

Parabéns aos envolvidos por este projeto, pois isso mostra que ainda existem pessoas interessadas e realmente preocupadas com a igualdade entre os cidadãos. Se vamos combater algum tipo de preconceito devemos fazê-lo desde criança, quando ainda estamos com nossa cabeça em formação e portanto a escola é o local ideal para fazer isso!!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

“Barebacking”: Vai uma cavalgada sem sela ae?

Transar sem camisinha? Para muitos, esta pergunta soa como a Dona Morte batendo a porta e pedindo para entrar, para outros esta é um opção diante do padrão estabelecido. Estes são aqueles que praticam o bareback. Eles são muitos. Estima-se que haja sete milhões de praticantes de bareback nos Estados Unidos e dois milhões na Europa. No Brasil não há estimativas e a prática é mais velada ou feita em grupos fechados. Pesquisei os sites de busca Cadê?, Altavista e Yahoo Brasil, e não encontrei nenhuma home-page dedicada a este público no país e sinceramente eu não sei se isso é um bom ou mal sinal.

Sabemos que a decisão de quando e com quem usar camisinha é individual, isto todo mundo já sabe, mas o senso comum diz que devemos usar camisinha sempre né galera. Por isso, o surgimento desta prática sexual na comunidade gay tem, a cada dia, conquistado muitos novos adeptos, chamando a atenção da mídia, do meio acadêmico e de ativistas homossexuais.

Podemos dizer que o "barebacking" (que em português pode ser traduzido como cavalgada sem sela) é uma prática sexual onde o uso de camisinha é inadmissível e a escolha do parceiro sexual é aleatória. Em outras palavras, é o sexo anal sem proteção, um comportamento considerado de alto risco para adquirir o vírus do HIV, esta é a base da filosofia dos "barebackers".

O "barebacking" imediatamente suscita a demonização dos adeptos dessa prática. Quando, depois de décadas bombardeados pelas campanhas de prevenção a Aids, ouve-se falar que um grupo de pessoas está realizando festas e promovendo encontros via Internet para fazer sexo sem camisinha, a primeira reação é pensar que se tratam de suicidas e assassinos em potencial, sem o menor senso de civilidade e responsabilidade. E para uma boa parte dos movimentos gays, eles significam um retrocesso das conquistas feitas durante os anos mais duros da epidemia, quando os homossexuais foram os mais atingidos e estigmatizados. Já para a mídia, os "barebackers" são um prato cheio de tentações para realçar a idéia preconceituosa de promiscuidade e bizarrice ligada ao comportamento homossexual e que fará vender ainda mais jornais e revistas. E finalmente, as alas conservadoras da sociedade que lutam contra os direitos homossexuais podem enxergar nessa prática a confirmação da imoralidade e desrespeito à vida que tanto condenam nos gays. Enfim, Satã tem um nome.

Mas a prática também vem sendo glamourizada. E o início desse processo de glamourização talvez tenha sido em fevereiro de 1999, quando o ator pornô, ativista e soropositivo Tony Valenzuela apareceu nu em cima de um cavalo na capa da revista Poz, assumindo ser um adepto do "barebacking". O que antes estava escondido através das festas fechadas e dos encontros via Internet, ganhou relevância, voz e... corpo.

O discurso dos ativistas do "barebacking" é sempre muito bem formulado, ideologicamente bem construído e pode ser resumido na fala de Valenzuela: "Estou defendendo uma discussão honesta sobre a nossa sexualidade e o que motiva homens gays a não usarem camisinha. [...] Fazer sexo seguro ou não é uma opção individual e pretendo tirar o julgamento moral que gira em torno de ser ‘barebacker’" (digo que sinceramente não consigo entender este ponto de vista).

O mesmo glamour chega ao Brasil no discurso de outro adepto do barebacking , Ricardo Rocha Aguieiras. Para o escritor, o que importa nessa questão é a pessoa poder decidir ou não se quer usar preservativo e não uma campanha contra o sexo seguro. Para o brasileiro, que já tem um e-group de "barebacking", com mais de 900 inscritos no país, colocar o sexo sem camisinha como um fenômeno gay é falso, pois os heterossexuais continuam transando sem nenhuma proteção. Com boa aparência e discursos consistentes, esses militantes fazem mais do que levantar a bandeira do "barebacking", eles constroem uma imagem positiva dos adeptos dessa prática... e nós sabemos que tem muita gente de cabeça fraca que basta uma faísca para acreditar que tudo pegou fogo!!! rsrsr..
Tanto a glamourização como a satanização são atitudes imediatas que não dão conta da questão que está invadindo a comunidade GLBT. Nem os movimentos pelos direitos homossexuais, nem as entidades que combatem a AIDS podem ignorar o "barebaking". Prova disto foi uma fotonovela interativa publicada em um site que vi recentemente, que conta a história de um cara que leva outro para sua casa, está sem camisinha e fica na dúvida se transa ou não. A maioria dos usuários (60%) escolheu o final em que o cara decide transar mesmo assim, sem camisinha (dá pra acreditar?!.. fiquei passado!). Contudo, é importante o entendimento desse fenômeno, que pode ser mais bem esclarecido através de uma perspectiva histórica.

Vamos ficar atentos e informem-se galera... o barebacking é uma roleta russa!
Camisinha no danado sempre!!!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Peças gays têm apresentações gratuitas em SP

Peças com temática homossexual estão na programação da Festa do Teatro, evento que acontece em São Paulo entre os dias 19 e 28 de junho e que vai distribuir cerca de 32 mil ingressos gratuitos em postos instalados no Centro Cultural São Paulo e Teatro Municipal.

Com o objetivo de promover o acesso à diversidade da produção contemporânea, a Festa do Teatro abrange desde o teatro de grupo até as grandes produções, entre elas os musicais "A Noviça Rebelde" e "A Bela e a Fera".

Clássicos como "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, e "A Comédia dos Erros", de Shakespeare, também estão na programação. Entre as peças que abordam de alguma forma a homossexualidade estão "Agreste", de Newton Moreno, "Tanto", de João Fábio Cabral, "Honey", de Shelagh Delaney, "Eu Te Amo por 48 Horas", de Paulo Moraes, e comédias como "Coisa Boa pra Você", "O Amante do Meu Marido", "O Analista de Bagé e o Filho Gay" e ainda "Segunda Acontece", que reúne algumas das drags mais famosas de São Paulo.

A distribuição dos ingressos começa nesta quinta-feira (18/06) e estão limitados a dois por pessoa em cada posto. No total, 118 espetáculos participam do evento patrocinado pela concessionária de rodovias CCR e produzido pelo grupo Parlapatões, Chaim Eventos e J. Leiva.

Informações sobre as peças, número de ingressos por peça e formas de distribuição você encontra no site http://www.festadoteatro.com.br/.

OS 7 MICOS PÓS-PARADA

Assassinato de um turista francês (2007), um homem teve a perna amputada após cair de trio elétrico (2008), uma bomba feriu dezenas numa esquina do Arouche (2009)...A Parada Gay de São Paulo "morreu" mesmo simbolicamente, como se comentou aqui na semana passada.

O que era para ser um capítulo de direitos humanos virou de novo assunto para as páginas policiais mais sangrentas. Quem perde tempo chutando cachorro morto já se assanha com investigações sobre a caixa-preta das tesourarias do movimento homossexual brasileiro.

Atualmente, há mais de cem paradas e eventos similares no país. No próximo ano, será um relevante palanque eleitoral. De boas intenções, sabemos, o inferno está cheio. Foi só burrice gastar R$ 50 mil para fazer uma rampa temporária na Paulista com Consolação só para manter o fetiche de que "ocupamos a avenida mais famosa da cidade"?


Enquanto o mundo lá fora encena, pela enésima vez, essa farsa grotesca de "preocupação sincera" com as vítimas da intolerância, prefiro perder meu tempo com o microcosmo daquelas pessoas que conseguiram adicionar uma novidade real em suas vidas após a semana de eventos sob o pretexto da Parada Gay.
E entre as histórias que ouvimos, o site "ACAPA" resolveu listar uma compilação de sete micos que costumam explodir depois da temporada do Carnaval gay:

1- "Não era amor, mas só uma transa acidental"
Matar o cio é a prioridade de muitos durante a Parada. São Paulo é um paraíso. Com o olhar ou gesto certeiro, arranja-se fácil um sexo casual nas ruas, bares e clubes. É como um zoo: homens de todos os tipos, olhos de todas as cores, corpos de todas as alturas e formatos. Naquele cantinho do inconsciente, escondidinho, há quem sonhe em transformar uma transa rápida e animalesca em um relacionamento ou até um grande amor. Idealização demais, frustração na certa. Não morra por isso.

2- "Me apaixonei por um gogo boy ou michê"
Na cidade com mais gogo boys e garotos de programa no país, os corpos musculosos e sarados marcam a memória de quem se inicia na noite gay ou está na fase de descoberta de seus desejos homoeróticos. Com os hormônios à flor da pele, não é raro ficar hipnotizado por alguém dançarino a ponto de pedir seu telefone ou sentir que aquele michê é o homem de sua vida. Se estatística e empirismo valem para alguma coisa, fuja dessa roubada. As histórias de amor envolvendo a categoria são exceções.

3- "Estou amando alguém de outra cidade"
O melhor da Parada é encontrar gente de outras cidades. Esse choque de percepções enriquece o repertório de ambos os lados. O problema é o drama de se apaixonar por alguém que mora distante. Se o sentimento se torna sério, alguém terá de ceder, mudar, enfim, uma solução para os encontros terá de surgir a contento. Se há muito ciúme, mentira ou interesse financeiro de uma das partes, é uma dor de cabeça. Não se precipite em se jogar nessas aventuras drásticas de trocar tudo por um bofe.

4- "Fui roubada após um beijo de amor"
Beijar na boca é um dos esportes da micareta gay. Há chupões de boca de horas. Nem se impressione. Há casos que tanta "paixão" no beijo é só efeito de algumas drogas. Para os românticos, pode ser o início de uma história de amor. Quem curte "boy" sofre mais. A carência acumulada confunde a razão, minimiza os perigos e, pimba!, rolam golpes como "boa noite cinderela". Reconstrua a autoestima, esqueça a vergonha, converse com alguém experiente e confiável. Há sempre uma pulsão de morte ao brincar com "boys do mal".

5- "A primeira overdose ninguém esquece"
Com o domingo frio, houve abusos na avenida. A indústria, muito esperta, botou o sangue de boi em garrafinhas de plástico. É no Carnaval mesmo que se toma o primeiro ou pior porre. Isso nem é mais um problema, já que drogas detonam um vexame bem assustador. Ecstasy, GHB, Special K, cocaína, enfim, muita gente experimenta sua "bad trip" durante a folia gay. A ressaca moral é braba. Se rolar blitz e prisão, é queima filme na certa. Prometa uma reabilitação, limpe sua imagem, monte um projeto de caridade ou uma ONG.

6- "Peguei HIV no barebacking"
Se sua fantasia era protagonizar "Calígula", não havia lugar melhor: novas saunas, orgias e encontros reais de comunidades de sexo do Orkut...Um slogan da época do terror da Aids ainda está atualíssimo: quem vê cara não vê Aids. Ele é um deus grego, mas tem o vírus. Se está revoltado com sua situação e o mundo, pode até te infectar intencionalmente. Sem falsos moralismos: você tem o direito também de querer ser infectado, de receber o "presente", no seu momento "Crepúsculo" ("te amo, não tenho medo, quero morrer com você") ou no pior caso de depressão suicida ("barebacking" é uma roleta russa para quem já desistiu da vida, mas não quer sair de cena bruscamente). Se foi só acidente, irresponsabilidade sua de dispensar a camisinha, corra para fazer o teste, trate-se e busque um grupo de apoio.

7- "Estou atolada em dívidas"
O ano parece ser dividido entre antes e depois da Parada, como se fosse o nosso Réveillon. Fizemos investimentos, perdemos dinheiro com decisões erradas (nunca escolha uma festa pela boniteza do flyer ou mantras da mídia), detonamos no cartão de crédito, seja no delírio consumista do "eu mereço, eu posso, eu não vou ser tombada pelas outras", seja pela fantasia do "dia de princesa", gastando mais do que suas posses nas ruas 25 de Março, Oscar Freire ou Daslu, ou nos bares e restaurantes badalados. Não adianta reclamar que a cerveja custa 3 vezes mais do que em outros lugares do país. São Paulo tem as melhores opções para tudo, mas apenas para quem tem muito dinheiro. Aprendeu a lição? Não, nunca aprendemos, somos imperfeitos movidos à atenção, à carinho e ao toque. Quem gozou, gozou. Quem não gozou, talvez não tenha perdido grande coisa. Bom ano para todos.

*Sérgio Ripardo é jornalista e autor do "Guia GLS SP" (Publifolha). Fale com ele: http://sergio.ripardo.blog.uol.com.br/.

Homem espancado após Parada Gay morre de traumatismo craniano

O hospital Santa Casa de São Paulo acaba de confirmar a morte do homossexual Marcelo Campos Barros, 35. Segundo o laudo médico divulgado, ele teve morte cerebral causada por espancamento.
Marcelo está entre as vítimas de ataques homofóbicos ocorridos após a realização da 13ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Ele foi espancado na rua Araújo e por conta das agressões sofreu traumatismo craniano. O rapaz ainda está ligado a aparelhos, mas sem chances de vida.

Eu acho muito triste,ver um rapaz novo trabalhador,morrer assim,por causa da ignorancia dos chamados heteros civilizados e certinhos,claro que nao podemos generalizar,existem heteros evoluidos e humanos,ja pensou se os gays fossem contra os heteros e derrepente em bandos os atacassem ate a morte,e bom se colocar no lugar dos outros as vezes.

E fico me perguntando será que é válido ir na rua , ser um militante gay ? E que um evento como este não oferece segurança?Creio que não!!!!

Foi muito chocante este hóbito homofóbico e digo que estarei com medo de ir qdo tiver a Parada aqui em Campinas. Um evento deste nível deve oferecer segurança no mínimo, somos pessoas normais como qualquer um ..é lamentável este fato.Os montros e bixos como estes é que não deveriam estar soltos nas ruas, para não cometerem este fato... Lugar de bixo é na jaula.. e de assassino é na cadeia..


Vale lembrar galera, que por conta dos ataques ocorridos após a parada gay, grupos gays estão organizando para este sábado (20/06) manifestação contra a homofobia na Av. Dr. Vieira de Carvalho as 19h (vale a pena se manifestar, mais tomem cuidado para não andarem sozinhos pela cidade neste dia e muito menos em lugares mais desertos, infelizmente!).

"DUNIDA DE QUINTA": Será que ele é?

Caro amigo leitor, como de costume, toda quinta-feira temos aqui no meu blog a divertida brincadeira "DÚVIDA DE QUINTA": apontando sempre algum famoso para que vocês possam me dizer se é do babado ou não!

Vítima de hoje: Reynaldo Gianecchini
Reynaldo Cisotto Gianecchini Júnior nasceu dia 12 de Novembro de 1972 em Birigüi, São Paulo e é modelo e ator brasileiro. Foi casado com a jornalista e apresentadora Marília Gabriela de 58 anos.
A sua primeira novela foi Laços de Família, onde era protagonista interpretando Edu. Foi muito criticado, mas depois com o estudo e a experiência subiu na preferência dos brasileiros.


Contudo, a teoria que rola lá é sempre a de "um amigo me disse" que o casamento dele com a Marília Gabriela era de fachada e que, na verdade, ele pegava mesmo era o filho da Gabi, que era da mesma idade que ele. E que ela só fez isso para proteger os dois moçoilos indefesos.
É uma história bizarra? Sim! Mas, reparem nos trejeitos e nas falas do Reinaldo. Ele é um tanto quanto dúbio e tem um estilo bem característico.

E vocês, acham o que? É ou não é?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Olímpiada gay na Alemanha em Julho

A cidade de Colônia, na Alemanha, realiza entre 31 de julho e 7 de agosto a 8ª edição dos Gay Games, espécie de Olimpíada alternativa dirigida ao público LGBT.
Com a expectativa de reunir 12.000 atletas, durante uma semana a cidade será palco de competições esportivas e apresentações típicas da tradição germânica. O lema desta edição é "Be part of this" (Faça parte disso).

O objetivo dos organizadores é lutar por uma coexistência mais tolerante e pacífica. Os jogos são abertos a todos aqueles interessados em participar - independente da orientação sexual - e não há critérios de qualificação.

Para a abertura, que acontecerá no RheinEnergieStadion, Colônia espera receber 3.400 expectadores.

Badminton, basquete, vôlei de praia, sinuca (bilhar), bodybuilding, boliche, hockey no gelo, patinação artística, squash, tênis, saltos ornamentais, hoquey no campo, futebol, levantamento de peso, golf, handball, patinação de velocidade inline, lutas, atletismo, nado sincronizado, tênis de mesa, vôlei, ciclismo, xadrez, natação, vela, softball, escalada, tiro, dança, triathlon e pólo aquático são as modalidades de competição.

Entre um jogo e outro, o público poderá conferir apresentações de coral, cheerleaders, artes visuais, festival de bandas e Internatinal Rainbow Memorial Run.

Concebido pelo Dr. Tom Waddell, um atleta olímpico de decatlon, o Gay Games teve sua primeira edição em San Francisco (EUA), em 1982. Desde então, o evento já ocorreu em Vancouver (1990), Nova York (1994), Amsterdã (1998), Sydney (2002) e Chicago (2006).
Os jogos são organizados de quatro em quatro anos pela Federação do Gay Games.

Reconhecida como uma cidade que respeita as diferenças, Colônia é sede de um dos maiores festivais gay da Europa, o Christopher Street Day.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

SABOREIE O RESULTADO DA ENQUETE DESTA SEMANA:"Você já pegou algum hétero?"

A enquete desta semana me fez refletir: Será que é tão difícil vivenciar a própria sexualidade? Por que não derrubar as barreiras que dividem o desejo hétero do gay? Sentir atração por pessoas do mesmo sexo faz com que alguém seja considerado homossexual?

É impressionante como nos dias de hoje as barreriras da sexualidade estão cada vez mais sendo quebradas, está ficando impossível distinguir os héteros dos gays. E acredito que seja natural um cara hétero ter uma experiência homossexual e nem por isso deixar de ser hétero.
Prova disso foi o resultado da minha enquete esta semana: "Você já pegou algum hétero?"... e a resposta "Sim" foi avassaladora com 95%, praticamente uma inanimidade.
Com este resultado muita gente pode tirar conclusões preciptadas como a de que no mundo só tem gays e os héteros estão extintos. Porém, eu não vejo desta forma, e sim como um fato de que as pessoas estão mais abertas á novas experiências sexuais e estão percebendo que assim como na guerra, no amor e no sexo vale tudo!! (adorooo.. heheehh).

E aproveitando o assunto, fiquei sabendo do filme "The art of being Straight" (A Arte de ser Hétero), pois trata-se de um filme que ajuda a responder muitas destas perguntas. O longa, que vem sendo exibido em festivais gays dos EUA, conta a história de homens e mulheres que estão numa fase de "confusão sexual". Os personagens, quase todos se aproximando dos 30 anos, vivem experiências que os fazem refletir se vale mais a pena assumir seus próprios desejos ou mentir sobre sua orientação sexual e se entregar à ditadura moral da sociedade.

Prometo que ainda hoje coloco pra vocês o trailer do filme (em inglês)"The art of being Straight" que por sinal ainda não tem data para estrear por aqui.

Mas por enquanto quem quiser pode dar uma conferida lá no you tube.